sábado, 10 de agosto de 2024
sábado, 29 de junho de 2024
29 DE JUNHO DE 2024
J.J. CAMARGO
Quando a crise foi sanitária, a distribuição do sofrimento, ainda que mais equânime na origem, logo adiante restabeleceu o desequilíbrio, quando a boa condição econômica dos privilegiados permitiu socorro hospitalar em unidades de terapia intensiva mais sofisticadas, onde as mortes evitáveis puderam ser evitadas.
Mas como o tema da desigualdade se presta para todo tipo de discurso, seja ele solidário, assertivo, hipócrita ou demagógico, vamos tratar de depurá-lo, eliminando o viés político, com o objetivo primordial de isenção.
No intuito de entender um pouco mais as razões do acontecido, surpreende a abundância do inexplicável, pois quase nada se encaixa quando se evocam as causas da catástrofe climática. E que foram, segundo os entendidos, terrivelmente negligenciadas, apesar de facilmente identificados pelos profetas do acontecido como fatores predisponentes.
Claro que ninguém se deu ao trabalho de explicar por que um fenômeno idêntico ocorreu em 1941, quando nenhum dos tais agentes causais estava presente e a natureza ainda não tinha os ranços atuais de vingança. Naquele tempo em que a gente, com a inocência desprotegida, até considerava o ruído da chuva como um doce entorpecente dos céus.
A esperança fantasiada
Treinado a cuidar de pessoas que sofrem, me limito a tentar entender de onde elas tiram tanta submissão. Persistem batalhando pela sobrevivência, mesmo depois de ter perdido a casa em setembro do ano passado, buscado força para reconstruir e mobiliar, e neste maio que não precisava ter existido ver outra vez tudo ser arrastado pela correnteza, levando de roldão tudo o que tinha comprado em prestações que terão que ser pagas duas vezes para continuar não tendo um cantinho para onde voltar.
E ainda encontram motivação para acordar pela manhã na casa emprestada do familiar e sair para o trabalho, com a esperança, fantasiada de certeza, de que as coisas finalmente irão melhorar. _
29 DE JUNHO DE 2024
DRAUZIO VARELLA
Embora ignorante em assuntos da economia, sei que equilibrar as contas do governo é muito importante. O problema é que reduzir o orçamento do Ministério da Saúde sem definir as áreas que vão sofrer cortes é irresponsabilidade.
Os sanitaristas e todos os que se interessam por saúde pública são unânimes em reconhecer que o SUS padece de subfinanciamento crônico. Investimos em saúde 9,8% do PIB, número compatível com aqueles dos países da OCDE. No caso deles, no entanto, o sistema público recebe 70% a 80% do investimento total, enquanto aqui a parcela é de apenas 40%. Os 60% restantes ficam por conta das famílias: pagamento de convênio, consultas particulares e medicamentos, entre outros. Quer dizer, os 150 milhões de brasileiros mais pobres que dependem exclusivamente do SUS têm acesso a menos da metade dos recursos. Nesse quesito, perdemos também para o Chile e a Colômbia.
Para cada U$ 1 investido pelo governo, as famílias brasileiras desembolsam U$ 1,13. Em Portugal a relação é de 1 para 0,58, no Reino Unido, 1 para 0,20.
Embora haja espaço para melhorar a gestão, combater o desperdício e a corrupção, é claro que o SUS não conseguirá lidar com novas perdas orçamentárias sem interromper serviços que presta aos mais desfavorecidos. Por essa razão, os digníssimos representantes do povo na Câmara e no Senado que propõem reduzir o orçamento do Ministério da Saúde têm o dever moral de assumir a responsabilidade de declarar quais serviços o SUS será obrigado a cortar. Suponho que os senhores conheçam os principais programas do nosso sistema de saúde.
Temos o maior programa público de imunizações do mundo, o PNI. Qual das vacinas devemos suspender: sarampo, difteria, tétano, covid, poliomielite?
A incorporação ao PNI das vacinas contra o vírus sincicial respiratório que tantas internações e mortes provoca em crianças e adultos, a vacina trivalente contra influenza, contra o vírus Chikungunya e o meningococo tipo B vai nos custar cerca de R$ 3 bilhões.
Podemos economizar esse dinheiro, claro, mas quanto gastaremos com as internações hospitalares para tratamento das complicações pulmonares do sarampo, da gripe, do vírus sincicial e com as afecções reumatológicas provocadas pelo vírus Chikungunya? Quanto sofrerão os que caírem doentes por falta de vacina? Esquecemos das mortes que ocorreram antes da vacinação contra a covid?
Vamos reduzir o número de médicos, enfermeiras e de agentes comunitários que batem de porta em porta para levar cuidados de saúde a cerca de 160 milhões de brasileiros? Reconhecido pela OMS, como um dos maiores programas de saúde pública do mundo, o Estratégia de Saúde da Família nos custa R$ 20,6 bilhões por ano. Economizar essa quantia não será um tiro no pé? Quanto custarão as internações por problemas que poderiam ser resolvidos pela atenção primária, a baixo custo?
Onde mais poderíamos economizar? No programa de distribuição de medicamentos contra o HIV, que revolucionou o combate à epidemia no Brasil? Nas equipes do Resgate, que prestam atendimento às emergências nas cidades brasileiras? Suspender o Programa Brasil Sorridente, que acaba de ser retomado a um custo anual de R$ 10,7 bilhões?
Vamos preservar dentes íntegros só na boca dos que têm dinheiro para ir ao dentista? Dar fim ao Farmácia Popular e deixar pessoas com diabetes e pressão alta correr risco de ataque cardíaco, AVC, insuficiência renal e cegueira? Acabar com o Mais Médicos e abandonar à própria sorte milhões de brasileiros dos rincões mais distantes?
Por acaso, os senhores que pretendem cortar recursos do Ministério da Saúde lembram que o SUS é o maior programa de distribuição de renda do país, diante do qual o Bolsa Família não passa de uma pequena ajuda?
Diminuir os recursos do sistema único significa aumentar a concentração de renda que envergonha todos nós. Como disse Eugenio Vilaça Mendes, um dos sanitaristas que mais conhece o SUS: "A sociedade ainda não fez a opção definitiva sobre o nosso modelo de assistência à saúde. Dessa opção depende estabelecer o quanto estamos dispostos a pagar por ele". _
terça-feira, 21 de maio de 2024
Como Ter Saúde Emocional:
8
Conceitos Fundamentais para Ser Emocionalmente Blindado
Categoria:
Saúde e Bem-Estar
Você já parou para refletir
sobre a sua saúde emocional e o impacto significativo que ela tem na sua
qualidade de vida?
Muito além da saúde física, o
nosso bem-estar emocional desempenha um papel crucial em como vivemos,
trabalhamos e interagimos com os outros.
Como, então, podemos alcançar
e manter a saúde emocional, navegando por entre os altos e baixos do cotidiano?
Este artigo é dedicado a
desvendar esse tema intrigante e essencial.
Aqui, discutiremos estratégias
eficazes, hábitos saudáveis e ferramentas para ajudá-lo a cultivar e aprimorar
a sua saúde emocional.
Mas o que exatamente define a saúde emocional? Como distinguir o estado de equilíbrio emocional de simples momentos de felicidade passageira?
E, o mais importante, quais
passos práticos podemos tomar para melhorar a nossa saúde emocional, não só
para sobreviver, mas prosperar em um mundo repleto de desafios e mudanças
constantes?
De fato, como ter saúde
emocional?
Convidamos você a continuar a
leitura, aprofundar o seu conhecimento e descobrir o caminho para uma vida mais
equilibrada e emocionalmente saudável.
Vamos desvendar juntos como
nutrir o seu eu interior e construir uma fortaleza de bem-estar emocional.
O que você descobrirá poderá
mudar a maneira como você percebe a si mesmo e o mundo ao seu redor.
Como
Ter Saúde Emocional
1. Definição de Saúde
Emocional e Sua Importância
2. Reconhecimento e
Compreensão Das Emoções
3. Gerenciamento de Estresse e
Resiliência Emocional
4. Cultivo de Relacionamentos
Saudáveis
5. Autocuidado e Autorreflexão
6. Equilíbrio Entre Vida
Pessoal e Profissional
7. Importância da Busca Por
Ajuda Profissional
8. Práticas Contínuas Para a
Saúde Emocional
1. Definição de Saúde Emocional e Sua Importância
A saúde emocional refere-se ao
estado de equilíbrio e bem-estar de uma pessoa em relação às suas emoções,
pensamentos e comportamentos.
É a capacidade de reconhecer,
compreender e gerenciar as emoções de forma saudável e construtiva.
Envolve também a habilidade de
estabelecer relacionamentos saudáveis, lidar com o estresse e cultivar um senso
de autoestima e resiliência.
A saúde emocional é
fundamental para o bem-estar geral de uma pessoa.
Quando estamos emocionalmente
saudáveis, somos capazes de lidar com os desafios da vida de maneira eficaz,
mantendo relacionamentos significativos e construtivos e encontrando um senso
de propósito e significado.
Além disso, a saúde emocional
influencia diretamente nossa saúde física, cognitiva e comportamental.
A importância da saúde
emocional pode ser vista em diferentes áreas da vida:
Relacionamentos: ter saúde
emocional nos permite estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Quando
estamos emocionalmente equilibrados, somos capazes de comunicar nossas
necessidades e emoções de forma clara, empática e respeitosa, fortalecendo os
vínculos com os outros.
Trabalho e produtividade: a
saúde emocional desempenha um papel crucial no local de trabalho. Estar
emocionalmente equilibrado nos permite lidar com o estresse, tomar decisões
eficazes, manter a motivação e o foco, além de promover a criatividade e a
resolução de problemas.
Autocuidado e qualidade de
vida: a saúde emocional está intrinsecamente ligada ao autocuidado e à
qualidade de vida. Ao cuidar das nossas emoções, somos capazes de gerenciar o
estresse de forma saudável, desenvolver resiliência, encontrar prazer nas
atividades cotidianas e estabelecer limites saudáveis, garantindo assim um
equilíbrio entre as diferentes áreas da vida.
Além disso, a saúde emocional
desempenha um papel fundamental na prevenção de problemas de saúde mental, como
a ansiedade e a depressão.
Ao reconhecer e abordar
precocemente as questões emocionais, podemos diminuir o risco de desenvolver
condições mais graves e melhorar a qualidade de vida de forma significativa.
Em suma, a saúde emocional é
essencial para viver uma vida plena e satisfatória.
Ao investir em nosso bem-estar
emocional, podemos desfrutar de relacionamentos mais gratificantes, maior
produtividade, uma maior sensação de propósito e uma maior capacidade de
enfrentar os desafios da vida.
2.
Reconhecimento e Compreensão Das Emoções
O reconhecimento e a
compreensão das emoções são aspectos fundamentais para a saúde emocional.
A consciência emocional nos
permite identificar, nomear e compreender nossos sentimentos, bem como
reconhecer os padrões emocionais que influenciam nossas respostas e
comportamentos.
Isso nos capacita a lidar de
forma saudável e construtiva com nossas emoções, promovendo um maior bem-estar
emocional.
Existem várias razões pelas
quais o reconhecimento e a compreensão das emoções são importantes:
Autoconhecimento: o
reconhecimento das emoções nos ajuda a conhecer a nós mesmos de maneira mais
profunda. Isso nos permite compreender nossas necessidades, desejos, valores e
limites emocionais. Ao explorar e compreender nossas emoções, podemos
identificar os gatilhos emocionais e os padrões recorrentes que afetam nosso
estado emocional.
Regulação emocional: quando
compreendemos nossas emoções, temos a capacidade de regular e gerenciar nossas
respostas emocionais. Isso significa que podemos desenvolver estratégias
eficazes para lidar com o estresse, a ansiedade, a tristeza ou a raiva de
maneira saudável. A regulação emocional nos permite responder aos desafios da
vida de forma mais adaptativa e evitar comportamentos impulsivos ou
prejudiciais.
Melhores relacionamentos: o reconhecimento
e a compreensão das emoções também nos permitem ter relacionamentos mais
saudáveis. Quando somos conscientes de nossas próprias emoções, somos capazes
de expressá-las de forma clara e assertiva, promovendo uma comunicação mais
autêntica e empática. Além disso, a compreensão emocional nos ajuda a
reconhecer e validar as emoções dos outros, fortalecendo os vínculos e a
qualidade dos relacionamentos interpessoais.
Identificação de padrões
emocionais: ao desenvolver a consciência emocional, podemos identificar padrões
emocionais recorrentes em nossa vida. Por exemplo, podemos descobrir que sempre
nos sentimos ansiosos antes de uma apresentação importante ou que tendemos a
reagir com raiva em situações específicas. Ao reconhecer esses padrões, podemos
tomar medidas proativas para lidar com eles de maneira mais eficaz,
interrompendo ciclos negativos e buscando estratégias mais saudáveis.
Para desenvolver a consciência
emocional, é útil praticar a atenção plena e a autorreflexão.
A atenção plena nos ajuda a
estar presentes no momento presente, a observar nossas emoções sem julgamento e
a aceitá-las como parte de nossa experiência.
A autorreflexão envolve
dedicar um tempo para explorar nossos sentimentos, fazer perguntas sobre o que
estamos experimentando e buscar compreensão.
Ao cultivar o reconhecimento e
a compreensão das emoções, somos capazes de desenvolver uma maior inteligência
emocional.
Isso nos permite navegar de
forma mais saudável pelas situações desafiadoras, tomar decisões mais
conscientes e viver uma vida emocionalmente mais rica e gratificante.
3.
Gerenciamento de Estresse e Resiliência Emocional
O gerenciamento de estresse e
o fortalecimento da resiliência emocional são aspectos essenciais para manter a
saúde emocional.
O estresse é uma resposta
natural do organismo a situações desafiadoras, mas quando não é adequadamente
gerenciado, pode afetar negativamente nossa saúde mental e emocional.
A resiliência emocional, por
sua vez, é a capacidade de se adaptar e se recuperar diante de adversidades,
mantendo um estado emocional equilibrado.
Existem várias estratégias
eficazes para gerenciar o estresse e fortalecer a resiliência emocional:
Prática da atenção plena: a
atenção plena, ou mindfulness, é uma técnica que envolve estar presente no
momento presente de forma intencional e sem julgamentos. Essa prática ajuda a
reduzir o estresse, promover o relaxamento e aumentar a consciência das
emoções. Ao cultivar a atenção plena, somos capazes de observar nossos
pensamentos e sentimentos sem nos deixarmos levar por eles, permitindo uma
resposta mais consciente e equilibrada diante das situações estressantes.
Exercícios de respiração: a
respiração consciente é uma estratégia simples e eficaz para acalmar a mente e
relaxar o corpo. Praticar exercícios de respiração profunda e lenta ajuda a
reduzir o estresse, melhorar a clareza mental e equilibrar as emoções. Dedicar
alguns minutos por dia para focar na respiração pode ser um poderoso recurso
para enfrentar os desafios diários com maior serenidade.
Atividade física regular: a
prática regular de exercícios físicos tem benefícios comprovados para a saúde
emocional. A atividade física ajuda a liberar endorfinas, neurotransmissores
associados ao bem-estar e à redução do estresse. Além disso, o exercício
regular promove a melhora do humor, aumenta a energia e contribui para a saúde
geral do corpo, o que fortalece a resiliência emocional.
Desenvolvimento de habilidades
de enfrentamento: aprender habilidades de enfrentamento, como resolução de problemas,
assertividade e pensamento positivo, é fundamental para lidar com o estresse de
forma saudável. Ao desenvolver habilidades eficazes de enfrentamento, somos
capazes de identificar soluções para os problemas, comunicar nossas
necessidades de maneira assertiva e cultivar uma perspectiva mais otimista e
construtiva diante dos desafios.
Cuidado com o autocuidado: o
autocuidado é essencial para fortalecer a resiliência emocional. Isso envolve
dedicar tempo para atividades prazerosas, como hobbies, descanso adequado,
alimentação balanceada e sono de qualidade. Priorizar o autocuidado ajuda a
recarregar as energias, reduzir o estresse e fortalecer a capacidade de lidar
com as adversidades emocionais.
É importante ressaltar que
cada pessoa pode encontrar estratégias que melhor se adéquem às suas
necessidades individuais.
O que funciona para uma pessoa
pode não funcionar para outra.
Portanto, é recomendável
explorar diferentes técnicas e encontrar aquelas que sejam mais eficazes e
significativas para você.
Ao implementar essas
estratégias em sua rotina diária, você estará fortalecendo seu gerenciamento de
estresse e desenvolvendo resiliência emocional, o que lhe permitirá enfrentar
os desafios com maior equilíbrio emocional e alcançar um bem-estar duradouro.