sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Por: Erik Farina
25/11/2016 - 05h52min | Atualizada em 25/11/2016 - 05h52min


A conta do condomínio está muito alta? Veja 10 dicas para baixar esta fatura

A partir de hoje, a seção Encare a Crise ganha mais espaço: será publicada sempre às segundas e sextas-feiras.

A conta do condomínio está muito alta? Veja 10 dicas para baixar esta fatura Arte de Gabriel Renner/Arte de Gabriel Renner


Foto: Arte de Gabriel Renner / Arte de Gabriel Renner
Substituições, controle de gastos e cuidados para evitar vazamentos são fundamentais. Na reunião mais recente de condomínio no conjunto Las Lenas, em Canoas, a vizinhança foi praticamente unânime: seria necessário cortar gastos para a conta mensal não subir. Com crise econômica, desemprego em alta e parcelamento de salários do funcionalismo estadual, a preocupação era com um eventual reajuste no valor da contribuição e a possibilidade de inadimplência por conta disso.

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O síndico, Giani Villagra, logo definiu a estratégia: visitaria todos os 126 apartamentos nas três torres, para verificar vazamento de água ou gás – já que a conta não é individual, e sim repartida entre todos os condôminos. Na última ronda, há três anos, identificou e mandou resolver incontáveis problemas na hidráulica. O resultado foi que o gasto mensal com água desabou de R$ 12,3 mil para R$ 5 mil.

– Condomínio é como se fosse uma grande casa: você tem que controlar os gastos diariamente e tomar medidas duras quando há desperdícios – afirma Giani Villagra. 


O síndico Giani Villagra conseguiu reduzir as contas do condomínio
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

Gastos

A exemplo do que ocorre no Las Lenas, enxugar despesas se tornou uma obsessão para condôminos e síndicos nos últimos anos. Quem coloca a lupa sobre os gastos, descobre formas de reduzir custos de luz, água, portaria e contratação de serviços, trazendo um refresco para o bolso dos moradores. Controlar o valor dos boletos também é uma forma de estancar a inadimplência, que, conforme o Secovi/Agademi, sindicato que representa as imobiliárias, chega a 13% no Rio Grande do Sul.

– Uma forma eficiente de reduzir custos é rever a folha de empregados de limpeza e segurança, que pode consumir de 50% a 65% do custo do condomínio – avalia Andreia Vendruscolo, advogada da administradora Casa dos Síndicos, especializada em gestão de conjuntos residenciais. 

Muitas vezes, os zeladores acabam assumindo as tarefas de faxina e portaria, e saem mais caro do que trabalhadores específicos nessas áreas. Há condomínios eliminando a figura do zelador para contratar prestadores de serviços. Contratar empregados que moram na vizinhança também pode trazer economia em custos de deslocamento. Alguns conjuntos residenciais têm substituído a portaria presencial pela virtual, em que a recepção é feita por interfone, de maneira remota. O custo mensal cai de aproximadamente R$ 7 mil para 2,6 mil. Também há a possibilidade de terceirização de serviços, reduzindo o peso dos encargos trabalhistas. 

– Neste caso, o condomínio ou a empresa administradora precisam redobrar os cuidados quanto à idoneidade da empresa, verificando se ela paga todos os direitos dos trabalhadores. Caso contrário, pode haver complicação na Justiça –afirma Andreia. 

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A profissionalização dos síndicos também pode ajudar. Cursos e programas de capacitação têm surgido para ajudar os administradores a controlar melhor os gastos, gerenciar o fluxo de recursos e fazer a cobrança adequada de inadimplentes. Ao síndicos, uma boa forma de combater a inadimplência é envolver todos os moradores nas reuniões de condomínio, para que saibam no que está sendo gasto seu dinheiro, e se estimulem a pagar em dia.

10 DICAS PARA DIMINUIR O CUSTO DO BOLETO

1. Na compra de produtos de limpeza, redobre o cuidado com a quantidade e o prazo de validade, para evitar deterioração e desperdício.
2. Compare o custo de serviços próprios com terceirizados, para avaliar o que mais vale a pena financeiramente.
3. Prefira contratar segurança e limpeza de pessoas da região, para economizar no valor do deslocamento.
4. Ao contratar serviço de jardinagem, reparo ou construção, faça pelo menos três orçamentos e busque referências com outros síndicos.
5. Faça campanhas internas para evitar o uso de elevador de um andar ao outro e para apagar as luzes da garagem.
6. A instalação de captadores de água da chuva ou painéis solares reduz a conta mensal. O investimento inicial costuma ser alto, mas a economia no médio prazo é garantida.
7. Manter a piscina coberta evita a evaporação da água e dispensa a necessidade de encher novamente. 
8. Quem ainda usa lâmpadas incandescentes está deixando de economizar: as opções de led e fluorescentes, embora sejam mais caras na compra, compensam a partir do terceiro mês pelo menor consumo.
9. Instale sensor de movimento nas áreas de trânsito comum, para que a iluminação ocorra apenas quando necessário. 
10. Estabeleça horário de funcionamento das praças, quadras esportivas e área de convivência, para dar um limite ao período de iluminação.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016


Capacitação do síndico

Saiba qual caminho é o mais indicado para o seu objetivo


Ser síndico é uma atividade cada vez mais complexa e com muitas responsabilidades. Isso porque as regras que tangem a gestão condominial só aumentam, pedindo, cada vez mais, atenção e comprometimento a essas demandas.
Dessa forma, investir em capacitação para ser um síndico eficaz vem tornando-se uma alternativa que, a cada ano, ganha mais força.
E não é algo que se recomenda apenas a quem é profissional da área. Mesmo quem cuida apenas do próprio condomínio pode se atentar em fazer uma gestão mais eficiente e cuidadosa do empreendimento. 
“Além das demandas da legislação, com funcionários e manutenção, que aumentaram consideravelmente nos últimos dez anos, os próprios moradores de condomínio estão cobrando muito mais do síndico. As pessoas estão mais intransigentes e isso também pesa no dia-a-dia do gestor”, aponta Rosely Schwartz, especialista em condomínios e professora do curso de administração condominial da Escola Paulista de Direito (EPD).
Já para quem é síndico profissional, estar sempre em dia e reciclado é apenas o esperado para executar a função.
Certificação: Vale lembrar que, para ser síndico no Brasil, hoje, não é necessária nenhuma certificação - e a profissão não é regulamentada ainda.
Atualmente é possível encontrar cursos, workshops, congressos, palestras e todo tipo de evento para síndicos,de norte a sul do país. Há aqueles que são presenciais, os online e os que misturam um pouco das duas modalidades.
Por conta da grande quantidade de capacitação ofertada, muitos ficam em dúvida de como escolher o curso correto para a sua necessidade.
Adquirir um conhecimento amplo e global de tudo que envolve a complexidade atual da gestão de condomíniosé um bom começo.
“Geralmente, se a pessoa está começando, e deseja uma base, costumo sugerir que faça um curso mais completo, até para ter um bom apanhado do que é a administração de um condomínio. Um curso que mostre todas as áreas e explique o que se espera da gestão do síndico cada uma delas”, aponta Nilton Savieto, síndico profissional paulistano.
Ou seja, uma boa base é o que permite ao síndico ter maior discernimento e profundidade em conceitos essenciais da administração condominial, que são justamente onde ele não pode errar.
Por exemplo, como uma pessoa que não trabalha com finanças vai ser síndico e fazer uma previsão orçamentária com segurança?
“É algo de fundamental importância para um gestor, e que os moradores esperam que o síndico saiba fazer. Não adianta depois, quando algo der errado, argumentar que foi a empresa administradora quem elaborou aquilo, já que o síndico concordou com aquilo e, inclusive, levou para a assembleia”, argumenta Rosely.
Com o avanço da tecnologia e melhoria da internet nos últimos anos, os cursos online, também conhecidos como "EAD" (ensino à distância), vêm ganhando espaço e são uma opção a mais de capacitação.
É uma forma bastante versátil de estudar, uma vez que, geralmente, esses cursos podem ser feitos no ritmo do aluno, sem a obrigação de seguir um cronograma pré-estabelecido e de onde o aluno quiser, basta estar conectado à internet.
Também é possível assistir a mais de uma vez uma aula sobre um assunto considerado mais espinhoso, por exemplo, o que é um ponto positivo, considerando que isso não é possível de ser feito em curso presencial.
O ponto negativo nesse tipo de capacitação é que não há a convivência direta com os colegas e professores, o que dificulta o networking.

Cursos específicos
Depois de investir em um curso mais completo, que dê uma base rica de conhecimento, o síndico pode, então, apostar em cursos mais específicos, que vão de encontro com as necessidades e demandas do seu condomínio – ou clientes.
“Esse tipo de curso, com temática mais focada, é fundamental para o síndico, seja ele profissional ou não. Assim, o gestor tem mais segurança no seu dia-a-dia. Um curso sobre determinado equipamento vai ajudá-lo a argumentar melhor com o fornecedor, por exemplo”, argumenta Gabriel Karpat, diretor da administradora GK.
Adquirir essa segurança para argumentar com os diversos públicos do condomínio é uma das principais virtudes de um síndico bem capacitado.
Outra forma de se manter em dia com as novidades do mundo condominial, frequentar eventos e workshops é uma maneira não só de ficar por dentro dos últimos acontecimentos, mas também de fazer um networking eficaz.
“Os workshops, que são eventos mais curtos, servem bem para assuntos específicos, como uma lei que mudou, por exemplo, ou uma nova norma da ABNT aplicada para condomínios”, explica Gabriel Karpat.

Outras alternativas para incrementar a capacitação

Também são úteis treinamentos que não sejam ligados a condomínios, mas a conhecimentos correlatos.
“Investir em cursos de comunicação, criatividade, gestão de pessoas, segurança que às vezes não são voltados para condomínio, mas dão uma visão de como podemos aplicar aquilo ao nosso dia-a-dia e oferecer um serviço melhor”, assinala Nilton.
Outra dica do síndico profissional é ir a encontros de síndicos, que entidades como o Secovi promovem ao longo do ano. “É ótimo para trocar vivências, conhecer pessoas e ficar mais conhecido entre os seus pares”, aponta ele.
Mais uma possibilidade para se manter sempre em dia é marcar presença em fóruns online sobre vida condominial, como o canal Tira dúvidas do SíndicoNet. Quem responde regularmente nesses fóruns, com propriedade e conhecimento, acaba se mantendo atualizado naturanmente e tornando-se referência para outros.
"É uma forma de se forçar a estar sempre atualizado. Além de aprender com as experiências e demandas de outros síndicos, você tem que ficar pesquisando sobre os mais variados assuntos, pois sabe que as pessoas vão levar a sério o seu conselho", explica o diretor do SíndicoNet, Julio Paim.

Quando não vale a pena
Não é porque o evento é um curso, workshop ou palestra que o mesmo vai valer a pena para você.
“Há umas duas semanas fiz um workshop de 50 minutos, que falava sobre três temas diferentes. Saí de lá pior do que entrei. Um curso rápido como esse deve ter um assunto, para que você consiga aprender algo novo”, ensina Nilton Savieto
Também deve-se ter atenção redobrada na hora de escolher o curso certo. Há diferentes opções de cursos no mercado, mas apenas alguns entregam o que realmente prometem.
Por isso, é essencial o aluno ter acesso ao conteúdo programático do curso, saber quem o produziu, quem são os professores, ver como são disponibilizadas as vídeo-aulas (no caso de cursos online) e, principalmente, conhecer referências e depoimentos de quem já fez o curso.

Publicado em: quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Dificuldade de locomoção

Projeto de lei quer reserva de vagas em condomínios para pessoas com dificuldade

0 Comissão aprova vagas em condomínios para pessoas com dificuldade de locomoção

A Comissão de Desenvolvimento Urbano aprovou proposta que reserva 1% das vagas nos estacionamentos de uso comum em condomínios residenciais e comerciais para veículos que transportem pessoas com deficiência que importe dificuldade de locomoção.

A base de cálculo das vagas a serem reservadas deverá considerar o número mínimo de vagas exigidas pelo município para cada tipo de imóvel. As regras propostas serão aplicadas às novas edificações.

Ainda conforme o texto, a convenção de condomínio poderá estabelecer as condições do uso preferencial de vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres ou elevadores para esses veículos.

Acessibilidade em condomínios: saiba mais

O texto aprovado é um substitutivo apresentado pelo deputado João Paulo Papa (PSDB-SP) ao Projeto de Lei 4108/15, do deputado Marcelo Belinati (PP-PR). A proposta altera a Lei da Acessibilidade (10.098/00), que hoje prevê a reserva de 2% das vagas em vias ou espaços públicos, mas não em condomínios.

Modificação

O projeto de lei original trata da reserva de vagas em estacionamentos de condomínios residenciais ou comerciais. João Paulo Papa, no entanto, preferiu aplicar a regra às vagas de uso comum em condomínios, “na esteira do princípio da legislação atual que prevê a reserva para as áreas e espaços de uso públicos”.
O relator elogiou a proposta de Belinati, com o argumento de que a pessoa com deficiência precisa ter assegurada a facilidade para chegar até a sua casa.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado ainda pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Avisamos ao Condôminos, que em razão de desgaste natural das chaves e do miolo da porta de entrada do prédio, foram trocados os mesmos, estando a disposição as duas cópias das chaves
de cada apartamento.

Lamentamos os transtornos que isso poderá causar.

Síndico.