Assembleias
de condomínio
Presidente
da mesa
Representante
tem deveres com a obrigação, entenda
Presidir
a assembleia do condomínio é muito importante – até precisa de eleição para
ocupar o cargo.
Mas
nem por isso o presidente da mesa tem mais poder que a assembleia. Como é ele
quem irá conduzir a assembleia, deve ser uma das primeiras medidas a serem
tomadas após o início da reunião.
Ao
presidente cabe manter a assembleia no ritmo certo, evitando que assuntos se
estendam demais – mantendo assim a produtividade do encontro alta. Esse, ao ser
eleito, escolhe um secretário, para auxiliá-lo a escrever a ata com as decisões
da assembleia.
Perfil
do presidente da mesa
Como
a função demanda uma mistura de voz ativa, jogo de cintura e conhecimento das
regras do condomínio, o ideal é que o escolhido tenha essas características.
Quanto
ao síndico ser o escolhido para a função, os especialistas ouvidos pelo SíndicoNet
afirmam que isso depende do que diz a convenção de cada condomínio. Mas que
geralmente, o aconselhado é que o síndico não seja nem o presidente e nem o
secretário da mesa, para evitar possíveis problemas.
Após
ser escolhido, o presidente da mesa começa a reunião verificando a pauta do
dia, a lista de presentes, e todas as procurações, além de verificar se algum
dos presentes não está em dia com a sua cota condominial.
O
entendimento mais comum é que mesmo aqueles que estão em dia com seus acordos não
podem votar ou participar da assembleia.
Decorrer
da assembleia
No
decorrer na assembleia, o presidente deve sempre ter o cuidado de permitir, na
medida do possível, que todos sejam ouvidos. Afinal, se for uma assembleia com 300
presentes, se todos quiserem falar, a reunião fica inviabilizada.
Mas é
importante ouvir o que os moradores têm a dizer sobre a pauta – afinal é essa
uma das funções do encontro.
Registro
na ata
Outro
ponto importante é que quando um morador pedir que sua fala seja registrada na
ata, o mesmo deverá acontecer, sob risco da ata ser considerada ilegal.
Caso
o presidente não concorde com a solicitação, ele pode pedir à massa condominial
ali presente que vote se a fala deve ou não ser incorporada no documento.
No
final da reunião pode redigir a ata ele mesmo, na ausência de um secretário.
É importante
lembrar que a ata deve ser escrita de maneira clara e objetiva, além de
totalmente honesta.
O
documento deve conter as principais decisões tomadas pela assembleia. Não é necessária
uma descrição pormenorizada de tudo o que foi discutido ali. O principal é que
deve haver apenas fatos na ata assemblear, e nada de ficção.
Entenda
como deve ser feita a elaboração da ata
O
presidente da mesa fica responsável nominalmente pelo que foi escrito na ata – mesmo
se o documento tenha sido redigido pelo secretário. Depois de finalizada, a ata
deve ser enviada a todos os moradores no prazo estabelecido pela convenção
condominial.
Caso
haja algum erro menor, como uma data ou de grafia, o síndico pode soltar uma
errata para todos os moradores.
Mas
se o erro for gritante – como valores de rateio, materiais a serem usados, nome
da empresa escolhida para efetuar um serviço - , a ata deverá ser corrigida na
próxima assembleia.
Como
tudo que diz respeito a grandes poderes, há também grandes responsabilidades. Por
isso, caso o escolhido para presidente, em algum momento, não esteja confortável
com a sua posição, ele pode pedir para ser substituído por outro ali presente.
Isso
pode acontecer caso a assembleia não respeite as decisões do presidente, ou
decida por tomar um rumo que o escolhido para presidir não concorde – como, por
exemplo, deliberar sobre um assunto que não constava na pauta da convocação.
Por
outro lado, caso o presidente se mostre incapaz de exercer sua função, a mesma
assembleia que o elegeu pode também destituí-lo.
“É importante
lembrar que o presidente tem sim um papel de destaque, mas que está ali a favor
da assembleia condominial. Ele não pode, nunca, se achar superior a ela”,
argumenta André Luiz Junqueira, da Schneider advogados associados.
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