Portões automáticos
Imagine um equipamento que, dependendo do condomínio, pode ser acionado mais de mil vezes por dia, cujo trabalho seja crucial tanto para  a segurança quanto para o bem estar dos moradores do condomínio.
Imagine-o dando problema mensalmente. Imagine o síndico desse empreendimento sendo questionado, a cada falha, e tendo que explicar para muitos moradores, o problema da vez. Esse cenário é o que muitos síndicos precisam enfrentar com seus portões elétricos, ou automáticos.
O equipamento surgiu para dar rapidez e autonomia à entrada e saída dos moradores do condomínio. Com um pequeno controle, é possível acionar o portão da garagem para que o mesmo se abra, permitindo a passagem do veículo, e se fechando em seguida, sem que ninguém precise sair do seu carro, ou do seu posto de trabalho.
Veja abaixo alguns tipos e cuidados que se deve ter com o equipamento no seu condomínio:
 

Tipos

  1. Pivotante: a abertura é feita por meio de um eixo central e vertical, sustentado por pivots, pelos quais o portão gira. Acontece que, muitas vezes estes pivots não são suficientemente fortes para sustentar e manter o portão no prumo. Assim, a estrurura do portão deve ser reforçada e os pivots devem conter rolamentos. Por causa disso, esse tipo de portão é o menos indicado para condomínios, já que o abrir e fechar constante causam maior desgaste.   
     
  2. Basculante: é o tipo de portão que abre para cima, com um eixo horizontal através de polias e guias laterais. Apesar de ser o mais comum em condomínios, pois ocupa menos espaço, precisa de muita atenção. Para evitar dores de cabeça, o equipamento deve estar muito bem balanceado e estar com a manutenção preventiva em dia, com as peças bem lubrificadas e os cabos em boas condições de uso. 
    Apesar de trabalhar contra a gravidade, o peso do portão tem pouco a ver com o seu bom funcionamento, já que trabalha com a ajuda de contrapesos. Se for feito de um metal mais pesado, mas tiver um motor compatível com seu peso, o sistema funcionará normalmente. 
     
  3. Deslizante: (abertura lateral) considerado pelos especialistas como o equipamento mais econôminco e que dá menos problemas para o condomínio. Mesmo assim, precisa de manutenção preventiva constante - como os outros tipos - e seu uso deve estar de acordo com as especificações do portão. 

Qual o mais adequado

O mais importante é que o motor seja compatível com portão e a frequência de uso. Os especialistas citaram como o maior causador de problemas para o uso do equipamento é o subdimensionamento do motor – que muitas vezes pode ter sido entregue de maneira errada pela construtora.

É importante que o motor apresente potência de acordo com o peso do portão, e que seu número de ciclos (de abertura e fechamento, por hora) também esteja compatível com as necessidades do condomínio. Ou seja, um empreendimento que tenha um horário de entrada e saída extremamente corrido, não pode considerar apenas 15 ciclos por hora. Ele pode funcionar por um período, mas isso irá gerar desgaste das peças e menor tempo de uso do motor.
 
Para o condomínio que deseja mais segurança e agilidade de abertura e fechamento do portão, isso também deve ser levado em conta no momento de se adquirir um novo equipamento, já que a velocidade dos ciclos do portão depende do tipo de motor e da estrutura do portão. No mercado, hoje existem modelos super-rápidos de portões automáticos - mais recomendados para os tipos deslizantes e basculantes. 


Acesso

Atualmente há diversas formas de se acionar a abertura da garagem, a maioria por rádio-frequência – seja o próprio morador ou um controlador de acesso remoto. Há também selos ou tags, como os usados para pagar pedágios em rodovias.
 
Porém, o mais seguro é combinar o acionamento por rádio frequencia linear, mais moderno, combinado com a digitação de uma senha em uma botoeira na entrada da garagem. Dessa forma, ao abrir o vidro, o controlador de acesso consegue ver se é o morador quem está abrindo o portão, e com a utilização da senha, fica mais fácil acionar um código de pânico, caso haja alguém escondido dentro do carro, por exemplo.
 
O sistema de rádio frequência linear também permite que haja maior controle de horários, saber quem entrou ou saiu em um determinado horário, além de liberar a entrada e/ou saída de prestadores de serviços em horários previamente combinados.
 
Outro ponto positivo é que em caso de perda ou roubo esse acionador específico pode ser excluído do sistema, evitando assim que ladrões ingressem no condomínio após a perda ou roubo do mesmo.
 
Os sistemas convêncionais de rádio frequência do tipo 4 -3-3, os controles antigos, estão caindo cada vez mais em desuso, pois são mais suscetíveis a ataques externos: são mais fáceis de clonar e muitas vezes, quando um acionador é perdido ou roubado, todos os outros moradores precisam trocar ou reprogramar os seus, gerando assim um desconforto para o condomínio.
 
Caso um condômino perca o controle, o síndico deve ser avisado imediatamente. Nos casos de acionadores antigos, o ideal é que todos sejam trocados. O custo da substituição depende do que está acordado em cada condomínio. Se for um sistema de rádio frequência linear, só o controle perdido será desabilitado.